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domingo, 12 de maio de 2013

Artista de Rua e sua arte!


Ser “artista”, viver da sua produção artística, já é uma condição nem sempre muito confortável. Poucos conseguem lugar de destaque e boa recompensa financeira pelo seu trabalho. Raros ficam ricos. 

Ser um “artista de rua”, seja produzindo, pintando, vendendo quadros, esculturas, bonecas, máscaras, artesanato, exercitando qualquer forma de manifestação artística, tem um agravante: o artista negocia seu trabalho diretamente com o consumidor, sem a interferência de um marchand ou de qualquer tipo de “representante”. 

Hernandes/FotoRepórter/AE


A atividade que essas pessoas desenvolvem é uma das mais comoventes demonstrações de amor à vida e à arte. A rua é o seu palco e o seu cenário. Elas expõem seus trabalhos sem nenhuma ostentação acadêmica. A simplicidade das obras expostas nos gradis das praças ou espalhadas em volta do artista tem a mesma magia do som nostalgico com que o velho saxofonista brinda a tarde que também envelhece na cidade. 

“Artistas de Rua”, mágicos do espaço, do tempo e da realidade. Sim, da realidade. Do trabalho diário e incansável de produzir sonhos e fantasias em forma de objetos artísticos ou de performances impecáveis e cansativas. Os “estátuas vivas” que o digam. 
Prestigie o trabalho dos artistas de rua. Não só admirando o trabalho deles e registrando suas performances em fotos e vídeos. Deixe a sua contrubuição na caixinha de doações, ou compre um quadro ou qualquer outra obra de arte feita sempre com carinho e dedicação. Porque, além do seu aplauso, esse é o único pagamento com o qual eles, os “Artistas de Rua”, podem contar!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Está chegando a Virada Cultural 2013 e SP, a programação e feita para todos os públicos, com performance, teatro, circo e musica.
São 24 horas de atrações nacionais e internacionais agregando todas as tribos.

Mais informações:  http://viradacultural.org/


segunda-feira, 18 de março de 2013

Treino Livre na ARCA Ribeirão Pires




Treino Livre no espaço da ARCA (Associação Ribeirãopirense de Cidadãos Artistas), nesta quinta feira dia 21 de março.
Traga a família e saia da rotina. Apartir das 10:00 da manha.

local: Avenida Humberto de Campos, 576 próximo ao morro do mirante, 10 minutos do terminal Rodoviário. 

contato: (11) 955404391 claudiano




sexta-feira, 1 de março de 2013

Decorações com velas e Luminarias Artesanais


As velas-luminárias são capazes de deixar a decoração mais bonita, charmosa e personalizada. Elas podem ser confeccionadas artesanalmente e atuam nos espaços como belíssimos elementos decorativos. Além de contribuir com a estética, as velas-luminárias também atuam como objetos funcionais, pois beneficiam um projeto de iluminação.

Velas-luminárias na decoração

Ao apostar em velas-luminárias para decorar algum ambiente da casa, como a sala de estar, é possível obter uma atmosfera aconchegante e acolhedora. As peças também podem ser empregadas para decorar o quarto de casal, ressaltando desta forma um efeito de luz romântico e agradável. Além de atuar no design de interiores, a vela-luminária é resistente o suficiente para ornamentar área externas, como jardins e varandas.


Pelo fato de ser um objeto versátil e atrativo em todos os contextos, a vela-luminária não contribui apenas com a decoração de ambientes residenciais, mas também pode ajudar a ornamentar festas e outros tipos de eventos, que combinam com um tipo de iluminação suave e acolhedor.

Em lojas de artesanato é possível encontrar velas-luminárias em vários tamanhos, formatos e cores. No entanto, ao invés de comprar a peça pronta, vale a pena adquirir os materiais e aprender o passo-a-passo para confeccioná-la em casa.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Velas e Luminárias Artesanais

Olá pessoal, comecei a trabalhar com velas e luminárias artesanais, estou gostando bastante. Logo terei muitas novidades para vocês. Abaixo segue o link da minha pagina no face.





https://www.facebook.com/VelasArtesanaisEDecorativas

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Doutores da Alegria transformando a realidade hospitalar


A iniciativa dos Doutores da Alegria em levar o trabalho de artistas profissionais e especializados na arte do palhaço aos hospitais é pioneira no Brasil e sua implantação foi feita pelo ator Wellington Nogueira, inspirado pelo programa que integrou o “Clown Care Unit”, de Nova Iorque, lançado em 1986, pelo ator Michael Christensen.





Os números desta trajetória reforçam a ação bem-sucedida: desde 1991, quando a organização foi fundada, os Doutores já visitaram mais de 550 mil crianças e adolescentes hospitalizados, atingindo também cerca de 600 mil familiares e envolvendo mais de 13 mil profissionais de saúde.

Essa ideia, então inédita, foi inserida na sociedade brasileira e sua prática vigora hoje em dezesseis hospitais no Brasil.

Além disso, inspirou cerca de 200 iniciativas similares em todo país, motivando uma série de parcerias que incluem o Ministério da Saúde e a iniciativa privada.

Tudo isso possibilitou outras conquistas importantes, como a criação de um Núcleo de Pesquisa e Formação
próprio – o primeiro entre organizações desta natureza.

Oito dos hospitais atendidos pelos Doutores da Alegria ficam em São Paulo, na capital: Hospital
do Campo Limpo, Hospital da Criança, Hospital Santa Marcelina, Instituto da Criança e Instituto de Tratamento do Câncer Infantil do Hospital das Clínicas, Hospital do Mandaqui, Hospital do Grajaú e Hospital Universitário da USP (em fase de experiência); quatro no Rio de Janeiro (RJ): Hospital Pedro Ernesto da UERJ, Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira da UFRJ, Hospital Geral de Bonsucesso e Hospital Salgado Filho; quatro em Recife (PE): Hospital Oswaldo Cruz; Hospital da Restauração; Hospital Barão de Lucena e IMIP; e em Belo Horizonte a Santa Casa local e o Hospital das Clínicas da UFMG.

Atualmente, os Doutores trabalham ainda pelo cumprimento de novos objetivos.

Entre eles, está a ampliação de sua atuação em hospitais da rede pública, a instalação de sedes em outras capitais do país e a busca para se tornar auto-sustentável.

Ao mesmo tempo, eles mantêm a premissa de formar novos profissionais e resgatar a identidade do palhaço brasileiro, aproximando-o do público.

Neste segmento de atuação, está o projeto “Palhaços em Rede”, um dos novos eixos mais importantes da organização para os próximos anos, por conjugar
expansão e formação em diversos níveis, além da criação de um fórum que discuta ética e qualidade das relações.

Doutores da Alegria é uma organização não-governamental, sem fins lucrativos, que leva alegria a crianças hospitalizadas através da arte do palhaço (mágica, malabarismo, mímica, improvisação e música).

Atualmente, a entidade conta com uma equipe de 21 funcionários e colaboradores nas áreas de pesquisa, formação, gestão, administração e mobilização de 58 artistas profissionais hoje em 18 hospitais.
Desses artistas, 11 participam também da gestão da ONG. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Tendências/Debates: O circo de lona e a resistência urbana


Saiu um texto na folha de SP, dos diretores da associação dos amigos do Centro de memoria do circo, sobre o Circo e a lona. Pascoal da Conceição e Eduardo Rascov.

"O circo era um balão iluminado..." (Oswald de Andrade) 

Dias atrás, numa reunião da novíssima Associação dos Amigos do Centro de Memória do Circo, discutíamos a periclitante situação do circo de lona, esse balão iluminado que encanta desde os mais remotos tempos, quando, itinerante, mambembeava por quase todas as cidades do planeta, erguendo nelas a mais antiga sala de espetáculos do mundo.

Abrigo mínimo do sol, da chuva, das intempéries, frágil balão colorido e iluminado, dentro da lona se apresentavam atores, cantores, trapezistas, bichos, mágicos, palhaços, enfim, o mundo... do circo.

É necessário agir para que a cultura material e imaterial do circo nas cidades seja resgatada e preservada, missão maior do Centro de Memória do Circo. Por isso, que tal ajudar a fazer uma espécie de arqueologia do imaginário e doar material relativo ao circo, como fotografias, filmes, livros, discos, peças gráficas, figurinos?

Na linha do tempo do circo de lona na cultura brasileira, estão os ilustres modernistas Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Menotti Del Picchia, Sérgio Buarque de Holanda, Paulo e Yan de Almeida Prado e Di Cavalcanti, entre outros, que muitas vezes assistiam aos espetáculos do palhaço Piolin, no largo do Paissandu, nos anos 20.

Mário de Andrade dizia, sem cerimônia, que o circo e o teatro de revista eram os únicos "espetáculos que ainda se pode frequentar no Brasil".

Infelizmente, muitos dos espaços nos quais eram montadas aquelas delicadas estruturas viraram concreto. Mesmo assim, a barriga do circo insiste em persistir. Às vezes, topamos no meio do caminho com um circo de lona num terreno vazio. São como cogumelos que surgem depois da chuva, aparecem montados e iluminados da noite para o dia.

Essas lonas coloridas surgindo nos espaços vazios das cidades nada mais são que os sinais aparentes da resistência à desmedida ocupação imobiliária de nossas cidades. Formam um eloquente sinal de que, ali onde tem um circo --um acontecimento de arte e alegria--, está a luta dos que pensam em produzir a melhor e mais apaixonada ocupação dos espaços, onde todos vivemos a emaranhada forma humana corrupta da vida.

Não que dispensemos os arranha-céus, os mercados, as lojas de comércio ou desprezemos a necessidade de habitações. Mas como é bom saber que estão lá, alegres e resistentes, essas abóbadas frágeis, que lembram que a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte. Elas exibem de maneira dramática a situação periclitante do circo e, ao mesmo tempo, seu grande papel de resistente cultural, com sua insistência turrona.

O circo persevera em cobrir com uma lona um vão de terra e fazer brotar ali um mundo em que se manifesta a alegria, a arte, a intrepidez, linha imaginária por onde desfila como um funâmbulo a exibir sua coragem --ignorante e iluminado--, na luta contra a força da especulação imobiliária, que ergue e destrói coisas belas.

Sim, era o circo de lona que discutíamos, mas eram também as cidades, as nossas cidades, para as quais é preciso que essa resistência se fortaleça. É necessário agir para que o circo tenha garantido pelo menos um terreno fixo em uma cidade como São Paulo, com um mínimo de infraestrutura, onde ele possa se armar e depois partir, sabendo que virá outro em seu lugar, e depois outro e depois outro.

Por isso saudamos a notícia de que um terreno na marginal Tietê, próximo ao shopping Center Norte, será cedido ao Circo Spacial de fevereiro a maio. Que a nova prefeitura o transforme na permanente Praça do Circo, que tanta falta faz à cidade. E vamos ao circo, porque "hoje tem espetáculo", sim, senhor.

PASCOAL DA CONCEIÇÃO, 59, ator, e EDUARDO CESAR RASCOV, 51, escritor, são diretores da Associação dos Amigos do Centro de Memória do Circo.

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/1211500-tendenciasdebates-o-circo-de-lona-e-a-resistencia-urbana.shtml

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Cia Laminima



La Minima
PERFIL

Domingos Montagner e Fernando Sampaio conheceram-se no Circo Escola Picadeiro em São Paulo, onde iniciaram a dupla de palhaços. Ali criaram e levaram às ruas, reprises, entradas e outros números circenses, desenvolvidos sob a orientação do Mestre Roger Avanzi, o Palhaço Picolino. Em 1997, criam o Grupo La Mínima, que estreou com o espetáculo “LaMínima Cia. de Ballet”, baseada no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas.

À La Carte
Desde então, o circo e a arte do palhaço de picadeiro conduzem o trabalho da dupla, em espetáculos como “À La Carte” (2001), “Piratas do Tietê, O Filme” (2003), “Feia” –Uma comédia circense(2006),“Reprise” (2007), “A Noite dos Palhaços Mudos” (2008), inspirada em HQ de Laerte, e a mais nova produção “O Médico e Os Monstros” adaptação de Mário Viana e direção de Fernando Neves; e na participação em festivais como o Festival de Curitiba – Mostra Oficial (2000), 23º Festival Mundial de Circo de Demain - Paris (2002), Teatralia – Madrid (2002), 21º Festival Internacional Teatro a Mil – FITAM – Chile (2004), Festclown de Brasília (2006 e 2009), Festival de Circo do Brasil (2005 e 2007), Temporada de 2 meses do espetáculo Sueños em el Circo Price, Madrid / Espanha, entre outros.
Dentre os principais prêmios recebidos pelo LaMínima estão doisAPCA: Melhor Espetáculo Infanto-Juvenil, por “Piratas do Tietê – O Filme” e Melhor Espetáculo com Técnicas Circenses, por “À La Carte”;Prêmio Coca-Cola FEMSA naCategoria Especial pela Valorização de Números Circenses de Humor Físico de 2007, por “Reprise” e de Melhor Espetáculo Jovem de 2003 por“Piratas do Tietê – Filme” ePrêmio Em Cena Brasil do Ministério da Cultura, em 2002,  por “À La Carte”. “A Noite dos Palhaços Mudos” recebeu em 2009 prêmios significativos: PRÊMIO SHELL  DE TEATRO SP – MELHOR ATOR para Domingos Montagner e Fernando Sampaio, Prêmio deMelhor Espetáculo de Sala Convencional e Melhor Elencoatravés do Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro 2008 e em 2007 o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz de Incentivo à Montagem e o Prêmio PAC de Montagem Teatral, além dequatro indicações ao Prêmio Shell 2008 e seis indicações ao Prêmio Coca-Cola FEMSA de Teatro 2008. 
O palhaço está nas ruas e nas feiras, nos parques de diversão, nas histórias em quadrinhos, no cinema mudo ou falado, nos espetáculos de variedades e nos textos clássicos. O palhaço vai existir sempre. Ele nos possibilita perceber limites, diferenças e semelhanças através de um universo fantasioso mas não menos objetivo. É ele que nos permite rir de nós mesmos. De Homero a Bocaccio, de Gogol a Millor, de Carlitos a Oscarito, de Leonardo da Vinci a Laerte, a humanidade há pelo menos 28 séculos registra o humor e ri dela mesma.

Realmente rir deve ser o melhor remédio.



Domingos Montagner
Fernando Sampaio

Espetáculos

LaMínima Cia. de Ballet - 1997
À La Carte - 2001
Piratas do Tietê, O Filme - 2003
Feia - 2006
Reprises - 2007
A Noite dos Palhaços Mudos - 2008
O Médico e Os Monstros - 2009

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Pinturas em azulejos.





Artistas que trabalham com pinturas em azulejos em praças, feiras de artesanatos.












Em diversos estados brasileiro, artistas mostra sua criatividade de forma simples, explorando seu imaginário de forma lúdica, utilizando de paisagem a alto retrato compondo um cenário belíssimo.





Pinturas em azulejos!
Interessados:
Jefferson Martins  Guarulhos - SP
jeh.azulejo@gmail.com
Material utilizado.




Tinta a óleo (Cores): Branco de Titanio, Amarelo Cromo, Alaranjado, Carmim, Terra de Siena Natural, Sombra Natural, Azul Celeste, Verde Vessie, Cor-de-carne claro, Azul da Prussia e Preto;

Algodão;
Palito de Manicure;
Palito de Dente;
Querosene;
Cerâmica , Branco, Liso, Tam. 20X20 (Ou Azuleijo);
Verniz Spray Extra-rápido.
Pronto! Agora é só a imaginação!!! Sucesso!!!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Feiras Populares



FEIRA DE ORATÓRIOS E PRESÉPIOS

Evento em Paranapiacaba, Santo André (SP), reúne arte e cultura popular em pontos históricos da região e antecipa as comemorações do Natal
Em clima de comemoração natalina, a APOLO (Associação das Indústrias do Pólo Petroquímico do Grande ABC) convida a população para visitar a 4ª Feira de Oratórios e Presépios & Festival de Arte e Cultura Popular de Paranapiacaba (FOPP). A Feira, que reúne exposição de artesanatos e apresentação de música, acontece neste sábado (6) e domingo (7), das 10h às 17h, entre os espaços do Antigo Mercado Municipal, do Clube Lira Serrano e do Largo dos Padeiros, na vila de Paranapiacaba, em Santo André.



Os visitantes da FOOP poderão conferir a criatividade dos artesãos da região com presépios de cerâmica, panelas de barro, instrumentos musicais de raiz, tapeçaria, brinquedos, bonecas artesanais, galinhas de chita e cabaça, xilogravura e cordel, oratórios produzidos com casca de coco, madeira e nozes e outros objetos.

Apresentações de grupos de Folia de Reis, Moçambique (dança africana) e Pastoril também fazem parte da programação do evento, que recebe, pelo segundo ano consecutivo, apoio da APOLO na compra de matéria-prima para a produção de artesanato e material de divulgação. “Nosso objetivo é incentivar o desenvolvimento cultural, para favorecer no crescimento econômico e turístico da região”, afirma Francisco Sérgio Ruiz, presidente da APOLO.

Considerada a única festa da região do Grande ABC, realizada em dezembro com esta temática, a Feira de Oratórios e Presépios & Festival de Arte e Cultura Popular de Paranapiacaba (FOPP) surgiu da necessidade de ampliar a visitação da vila turística na época de baixa temporada, quando atrai cerca de 3 mil pessoas.


Além disso, FOPP colabora na ampliação de renda do comércio local de restaurantes e pousadas, divulgação da produção de arte e artesanato da região e, ainda, na difusão da cultura, com apresentações e troca de conhecimento entre grupos da cultura popular brasileira de diversas localidades do País.


A Feira é uma iniciativa da Wal Volk, em parceria com a subprefeitura de Paranapiacaba, da ARCA (Associação Ribeirãopirense de Cidadãos Artistas) e da Prefeitura de Santo André, com apoio da APOLO.




Feira da Pompéia 24º edição
Como surgiu a Feira de Artes da Vila Pompéia?


Antes, precisamos voltar um pouco na história
 do “Pourquoi Pas”. Bom, a “Creperie Pourquoi Pas”, como era chamada, foi formada por dois franceses, o Pierre e o Gri, e pela Silvana que era brasileira e que podia registrar o negócio no nome dela e que também era esposa do Pierre. Foi aberta em 1987.Eu conheci o Pourquoi Pas por que sempre freqüentei o bairro, pois tinha muitos amigos na Pompéia. E eu tenho uma história com a Pompéia, desde os 7 anos quando comecei a jogar basquete no Palmeiras.

Na época, eu tinha 20 anos e gostava muito de trabalhar nos bares. Já tinha trabalhado no Bixiga (Bela Vista), quando eu conheci o bar, comecei a freqüentar e logo entrei de garçom. E a Creperie tinha uma idéia muito informal de um lugar pra você comer um crepe francês e consumir arte e cultura.

Tinha exposições, lançamento de livros... tinha várias coisas acontecendo com música e tal. Mas sempre houve problemas com o barulho, com a música, com a vizinhança. Mesmo por que na época a Vila Pompéia era um bairro dormitório. Não tinha “noite” no bairro, pouquíssimos bares. E quando tinha, não era no bairro em si, era encostado, como o Bar do Alemão na Av. Antarctica.

Dois anos depois de sua inauguração, a administração da Creperie passou pra outro Pierre e pro Marquinhos, que manteve o mesmo espírito de fazer arte no bar, fazer cultura. Essa mistura, na ocasião, era muito diferenciada para a vida noturna paulistana. Era um lugar totalmente fora do circuito noturno, por que na época, o que predominava eram Pinheiros, Jardins e Bixiga.




 Na ocasião, eu ainda trabalhava de garçom e a gente percebeu que havia um problema sério com a vizinhança. Em uma reunião surgiu a idéia de fazer as atividades do lado de fora. Fazer arte na rua. O que já se fazia normalmente com os amigos que freqüentavam o bar. Escritores, escultores, fotógrafos, publicitários, jornalistas, músicos, artistas plásticos, artesãos, cineastas, pessoal de circo, atores renomados como Jairo Mattos, Zeca Baleiro, todos eles surgiram no “Pourquoi Pas”. Já que tínhamos esse perfil, resolvemos dar um presente pra vizinhança.

A primeira edição dessa festa, que batizamos como “Arte na Rua”, contou com um palco na rua e 17 espaços para entidades sociais. Me lembro que tinha um casal, cuja mulher foi aluna do meu pai, que morou no Senegal. Ela colocou uma barraca para expor o artesanato local. Haviam diversas entidades também, por que na época eu era ecologista, eu era militante no SOS Mata Atlântica, na Associação da Juréia. E trouxe diversas entidades, a maior parte ecológicas e também a Ciça, uma grande amiga que fazia salgados, que hoje tem uma Creperie, na Rua Paulistana, na Vila Madalena. Ela colocou coisas pro pessoal comer, que era o que ela sempre soube fazer bem, é uma profissional na área de gastronomia.

Esse conjunto de coisas foi tão interessante. Eram bandas que já tinham tocado no Pourquoi Pas, artistas que já tinham feito alguma exposição no bar... vieram mais ou menos umas 500 pessoas. E foi tão legal, que todo mundo pediu BIS.

Como foi agora, no evento que nós fizemos em Abril, o DEU JAZZ NA POMPÉIA. Muita gente saiu falando, e foi esse o espírito da Feira, o começo foi assim. E a partir daí, com a vizinhança aprovando, com a vizinhança gostando, foi quando a gente decidiu fazer mais uma edição no mesmo ano em Outubro.

Era eu, Pierre e o Marquinhos e a Rita, que na época representava a Administração Regional da Lapa (Hoje sub-prefeitura) e trabalhava na área cultural. Ela que respondia pela prefeitura com todo o apoio logístico, interagia com o ANHEMBI (Hoje SPTURIS), autorização, limpeza enfim, todos os serviços da prefeitura. Tinha figuras notáveis, entusiastas querendo agregar, ajudar e contribuir.

Na segunda edição, apesar de ter sido em um dia nublado e com garoa, o Fernando Gabeira (atualmente deputado federal pelo PV), esteve presente na feira. Na época, ele era candidato a presidente pelo Partido Verde. Esse ano, de 89, que foi a primeira eleição presidencial depois de 30 anos de ditadura.

Eu sou da geração em que a gente ia para a rua pra pedir “Diretas Já! O povo quer votar”! Tanto que a minha carreira profissional como produtor começou ali também, nos “showmícios” e no Diretas Já.